CAMPANHA
ELEITORAL 2016 EM LUZ – MG – BRASIL
“O Poder é sempre um lugar vazio que o Povo
preenche de quatro em quatro anos.”
Marilena Chauí
Agostinho, Rogério e alguns de seus apoiadores,
reunidos em 12 de outubro, para avaliar a campanha de 2016, chegaram a algumas
conclusões e aqui as compartilham.
Desde
o anúncio do resultado, na noite de 02 de outubro, o grupo foi tomado por um
sentimento misto de frustração pela derrota eleitoral e de realização pela
vitória política.
Se a derrota compreende-se facilmente pela matemática,
a percepção da vitória demanda um pouco mais
de reflexão e ciência para se ver além da superfície do processo de 2016. Daí, talvez
seja oportuna a divulgação desta avaliação.
Registram-se,
em primeiro lugar, a legitimidade e robustez das candidaturas majoritárias que
se apresentaram. Todas constituídas por pessoas em cujas biografias constam
fatos que os credenciam, mais ou menos, para as funções pleiteadas, sem falar
do perfil pessoal, mais ou menos virtuoso de cada candidato.
Em
segundo lugar, ressalta-se o óbvio: uma vitória ou derrota não se explica por
um único fator, mas pela combinação de diversos fatores em uma conjuntura
específica. Ainda que se possa tentar hierarquizá-los, encontrando entre eles
relação de causalidade.
Relacionam-se
aqui alguns dos principais fatores explicativos dos resultados do processo
eleitoral 2016 bem como algumas conclusões.
Em
primeiro lugar, o desgaste imposto à legenda do PT pela poderosa mídia
identificada apenas com os interesses do capital, responsável pela redução do
número de prefeituras do PT de 635 em 2012 para apenas 256 em 2016. Bandeira
número 1 dos adversários da candidatura Agostinho e Rogério, ainda que,
ironicamente, os líderes da principal campanha concorrente, estivessem, como ainda
estão, filiados ao PT.
Em
segundo lugar, a escassez de recursos para dar o volume necessário à campanha,
de modo a se produzir no eleitor uma expectativa de viabilidade eleitoral,
referência indispensável para expressivo contingente do eleitorado que não
gosta de “perder” o voto. Recursos que, mesmo com prestações de contas ainda
desconhecidas, saltava aos olhos de qualquer observador, foram mais que
suficientes para concorrentes.
Em
terceiro lugar, o contrapeso da máquina administrativa, um efeito tanto
ineludível quanto inevitável no marco regulatório vigente. Afinal, são cerca de
70 cargos comissionados de livre nomeação do mandatário candidato à reeleição;
um número que, mesmo deduzindo aqueles que não submetem sua liberdade àquele
vínculo, acrescido pelo número de seus familiares ou eleitores sob sua
influência, redunda bastante expressivo para um colégio eleitoral relativamente
restrito, dividido entre três candidaturas. Sem falar dos cidadãos ou cidadãs
beneficiários das políticas públicas que, em sua consciência possível, acham-se
gratos e pessoalmente devedores do mandatário de plantão, mesmo que o caráter
deste não lhe permitisse fazer qualquer coisa vedada pela legislação eleitoral.
Em
quarto lugar, considerando que a parcela do eleitorado que rejeitava uma das
três candidaturas dividia-se igualmente em termos de preferência com as outras
duas, face ao fato da Campanha de Agostinho e Rogério ter na rua o menor
volume, e, portanto, não inspirar confiança de vitória eleitoral nos seus
potenciais eleitores, é razoável crer que, na hora “h”, aquela parcela dos que
rejeitavam determinada candidatura e que pretendiam votar em Agostinho e
Rogério, tenham votado no segundo
candidato de sua preferência para se
evitar a vitória daquele que rejeitava. Aliás, uma solução estimulada pela
pregação dos concorrentes.
Por
fim, contribuíram ainda na determinação do resultado eleitoral o peso de
maquiavélicas estratégias e a força de diabólicos boatos posto que forjados na sutileza
de interesses escusos, meias verdades, insinuações ou sugestões aparentemente
plausíveis, contra o que não há remédio jurídico, pelo fato de não se conseguir
identificar objetivamente seus articuladores ou mesmo pela relação custo
benefício quando se leva em conta o exíguo tempo de campanha.
Isto
posto, não obstante o resultado eleitoral, a Campanha Agostinho e Rogério sente-se
politicamente vitoriosa por ter sido baseada
em valores fundamentais para a democracia, como fidelidade à verdade,
observância da lei, propostas exequíveis e respeito às pessoas, permitindo que
seus candidatos desfrutem, agora, sua cidadania sem qualquer ressaca moral.
A
Campanha Agostinho e Rogério sente-se vitoriosa porque logrou participar do processo
sucessório e contribuir para pautar a discussão política, comprometendo mais
ainda os concorrentes com questões importantes para o desenvolvimento do
Município e para o bem estar das pessoas na comunidade a exemplo da gestão
participativa, da prática do piso
nacional do magistério, da construção de casas populares, da melhoria dos
serviços de saúde, do fortalecimento da secretaria de administração de Esteios,
do saneamento básico e da assistência social.
Além
disso, sente-se vitoriosa, pois dois de seus candidatos a vereador, Euclides e
Eli, conseguiram se eleger, e poderão acompanhar de perto, cobrar e apoiar a execução do Plano de Governo
consagrado nas urnas para o bem do Povo de Luz e de Esteios.
Registra-se
ainda que a Campanha Agostinho e Rogério sente-se vitoriosa, sobretudo, porque recebeu o voto de confiança de 2.325 pessoas;
precisamente, 20,6% dos votos válidos, apesar da massificação do antipetismo,
da escassez de recursos para a campanha, do contrapeso da máquina
administrativa e da lamentável e maquiavélica boataria, fatores certamente
decisivos na determinação do resultado.
Sem
mais, a Campanha Agostinho e Rogério, dando graças a Deus por tudo, agradece a todas as pessoas que direta ou
indiretamente contribuíram para sua realização e, cientes de sua
responsabilidade, seus integrantes assumem o compromisso de honrar a posição
lhes conferida pelas urnas no cenário político municipal, dispondo-se a contribuir
com o desenvolvimento do Município, fazendo oposição ao governo municipal, de
maneira fundamentada, propositiva e responsável.