quinta-feira, 22 de dezembro de 2016



CAMPANHA ELEITORAL 2016 EM LUZ – MG – BRASIL

“O Poder é sempre um lugar vazio que o Povo preenche de quatro em quatro anos.”
Marilena Chauí

                 Agostinho, Rogério e alguns de seus apoiadores, reunidos em 12 de outubro, para avaliar a campanha de 2016, chegaram a algumas conclusões e aqui as compartilham.
                Desde o anúncio do resultado, na noite de 02 de outubro, o grupo foi tomado por um sentimento misto de frustração pela derrota eleitoral e de realização pela vitória política.
                 Se a derrota compreende-se facilmente pela matemática, a percepção da vitória demanda  um pouco mais de reflexão e ciência para se ver além da superfície do processo de 2016. Daí, talvez seja oportuna a divulgação desta avaliação.
                Registram-se, em primeiro lugar, a legitimidade e robustez das candidaturas majoritárias que se apresentaram. Todas constituídas por pessoas em cujas biografias constam fatos que os credenciam, mais ou menos, para as funções pleiteadas, sem falar do perfil pessoal, mais ou menos virtuoso de cada candidato.
                Em segundo lugar, ressalta-se o óbvio: uma vitória ou derrota não se explica por um único fator, mas pela combinação de diversos fatores em uma conjuntura específica. Ainda que se possa tentar hierarquizá-los, encontrando entre eles relação de causalidade.
                Relacionam-se aqui alguns dos principais fatores explicativos dos resultados do processo eleitoral 2016 bem como algumas conclusões.
                Em primeiro lugar, o desgaste imposto à legenda do PT pela poderosa mídia identificada apenas com os interesses do capital, responsável pela redução do número de prefeituras do PT de 635 em 2012 para apenas 256 em 2016. Bandeira número 1 dos adversários da candidatura Agostinho e Rogério, ainda que, ironicamente, os líderes da principal  campanha concorrente, estivessem, como ainda estão, filiados ao PT.
                Em segundo lugar, a escassez de recursos para dar o volume necessário à campanha, de modo a se produzir no eleitor uma expectativa de viabilidade eleitoral, referência indispensável para expressivo contingente do eleitorado que não gosta de “perder” o voto. Recursos que, mesmo com prestações de contas ainda desconhecidas, saltava aos olhos de qualquer observador, foram mais que suficientes para concorrentes.
                Em terceiro lugar, o contrapeso da máquina administrativa, um efeito tanto ineludível quanto inevitável no marco regulatório vigente. Afinal, são cerca de 70 cargos comissionados de livre nomeação do mandatário candidato à reeleição; um número que, mesmo deduzindo aqueles que não submetem sua liberdade àquele vínculo, acrescido pelo número de seus familiares ou eleitores sob sua influência, redunda bastante expressivo para um colégio eleitoral relativamente restrito, dividido entre três candidaturas. Sem falar dos cidadãos ou cidadãs beneficiários das políticas públicas que, em sua consciência possível, acham-se gratos e pessoalmente devedores do mandatário de plantão, mesmo que o caráter deste não lhe permitisse fazer qualquer coisa vedada pela legislação eleitoral.
                Em quarto lugar, considerando que a parcela do eleitorado que rejeitava uma das três candidaturas dividia-se igualmente em termos de preferência com as outras duas, face ao fato da Campanha de Agostinho e Rogério ter na rua o menor volume, e, portanto, não inspirar confiança de vitória eleitoral nos seus potenciais eleitores, é razoável crer que, na hora “h”, aquela parcela dos que rejeitavam determinada candidatura e que pretendiam votar em Agostinho e Rogério, tenham votado  no segundo candidato de sua preferência  para se evitar a vitória daquele que rejeitava. Aliás, uma solução estimulada pela pregação dos concorrentes.
                Por fim, contribuíram ainda na determinação do resultado eleitoral o peso de maquiavélicas estratégias e a força de diabólicos boatos posto que forjados na sutileza de interesses escusos, meias verdades, insinuações ou sugestões aparentemente plausíveis, contra o que não há remédio jurídico, pelo fato de não se conseguir identificar objetivamente seus articuladores ou mesmo pela relação custo benefício quando se leva em conta o exíguo tempo de campanha.
                Isto posto, não obstante o resultado eleitoral, a Campanha Agostinho e Rogério sente-se politicamente vitoriosa  por ter sido baseada em valores fundamentais para a democracia, como fidelidade à verdade, observância da lei, propostas exequíveis e respeito às pessoas, permitindo que seus candidatos desfrutem, agora, sua cidadania sem qualquer ressaca moral.
                A Campanha Agostinho e Rogério sente-se vitoriosa porque logrou participar do processo sucessório e contribuir para pautar a discussão política, comprometendo mais ainda os concorrentes com questões importantes para o desenvolvimento do Município e para o bem estar das pessoas na comunidade a exemplo da gestão participativa,  da prática do piso nacional do magistério, da construção de casas populares, da melhoria dos serviços de saúde, do fortalecimento da secretaria de administração de Esteios, do saneamento básico e da assistência social.
                Além disso, sente-se vitoriosa, pois dois de seus candidatos a vereador, Euclides e Eli, conseguiram se eleger, e poderão acompanhar de perto, cobrar  e apoiar a execução do Plano de Governo consagrado nas urnas para o bem do Povo de Luz e de Esteios.
                Registra-se ainda que a Campanha Agostinho e Rogério sente-se vitoriosa, sobretudo, porque  recebeu o voto de confiança de 2.325 pessoas; precisamente, 20,6% dos votos válidos, apesar da massificação do antipetismo, da escassez de recursos para a campanha, do contrapeso da máquina administrativa e da lamentável e maquiavélica boataria, fatores certamente decisivos na determinação do resultado.
                Sem mais, a Campanha Agostinho e Rogério, dando graças a Deus por tudo,  agradece a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para sua realização e, cientes de sua responsabilidade, seus integrantes assumem o compromisso de honrar a posição lhes conferida pelas urnas no cenário político municipal, dispondo-se a contribuir com o desenvolvimento do Município, fazendo oposição ao governo municipal, de maneira fundamentada, propositiva e responsável.

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